terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Olinda Sexual Friendliness

Eu e minha irmã mais velha
Ontem fui pra Olinda porque sou integrante do bloco Segura o Treko, de meu irmão mais velho. Pra mim carnaval sempre foi uma festa muito família, daí não consigo associar carnaval a pegação, embora seja inegável que é uma festa onde a sensualidade esbanja.

Depois que nosso "desfile" acabou, quando retornamos à sede (casa de meu tio Lulinha), resolvemos de repente dar uma volta nas ladeiras de Olinda, e tivemos a péssima ideia de seguir pela rua do Amparo, rua 13 de Maio, que estava muito apertada, e encontramos uma saída e escapamos pela rua da Boa Hora.

Todo mundo sabe que em Olinda a festa é bem sexual friendly,  você pode ser de qualquer gênero ou orientação sexual, se você estiver a fim, vai encontrar alguém pra beijar na boca. E se você estiver bem bicado, todo mundo vai ficar bonito.

Há décadas que a rua 13 de Maio tem a fama de ser ponto de encontro gay do carnaval olindense. Todavia, a realidade é que toda a cidade patrimônio histórico é respeitosa com os gays durante o ano todo. Olindense é gente boa, não quer luxo nem lixo, só quer saúde pra gozar no final.

Mas é curioso como alguns ficam chocados ao verem pessoas de mesmo sexo se beijando (aparentemente só tinha a combinação HxH, aquela fantasia erótica masculina de duas mulheres gatíssimas se beijando não existia ali). Se fossem homens brigando, fazendo arruaça, perturbando a festa... mas não, que horror, eram homens se beijando!!!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Cinema, Livros e Carnaval

Graças a ter poucos amigos consigo ir ao cinema e ler livros durante o período da melhor festa popular do planeta. Minha agonia é que a data é muito próxima da festa de Oscar, e eu fico doente se não ver todos os indicados às principais categoria, principalmente depois que passei a escrever num blog sobre cinema: http://viciodecinema.blogspot.com.br.

O carnaval é lindo, o cinema é lindo e "a vida humana, toda vida humana é uma poesia" (Lou-Andreas Salomé).

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Sexo@Cidade, para gostar de ler

Sexo@Cidade, para gostar de ler

No final do ano passado ganhei da Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife um exemplar de Sexo@Cidade, de Flávia de Gusmão. Foi o melhor agrado que recebi dessa instituição (a prefeitura) para a qual trabalho desde 2007. Teve um ano que essa mesma secretaria me deu um panetone vagabundo (coisa ruim não esquecemos jamais!). Não consigo pensar mal de quem não me presenteia... mas se me der presente ruim, não espere vibrações positivas!

Flávia de Gusmão deve ter um monte de fãs, especialmente em Recife. Sou leitor de suas colunas gastronômicas e das crônicas Sexo@Cidade, que começou em dezembro de 2000. Passados 12 anos, evoluímos juntos como pessoas, a colunista e seus leitores.

Muita gente acha a coluna com teor feminista, mas eu acho que vai muito além disso. Ela sabe comentar as realidades das relações humanas de maneira tão tragicômica, que qualquer pessoa pode se identificar. O personagem camixa-xadrez, espetava de forma bem-humorada o macho previsível, de comportamento machista padronizado.

Inteligência também se caracteriza por visão realista, sensibilidade e bom humor. Essas qualidades de Flávia de Gusmão transparecem num texto sério, verdadeiro, bem-humorado e até tocante, nos provocando reflexões sobre a frondosa árvore da solidão humana.

O maior mistério é a escolha do número cabalístico 101, quando ela deve ter escrito mais quinhentas crônicas. Esse é aquele tipo de livro para a coleção “Para gostar de ler”. Recomendo com entusiasmo!